Branquitude acrítica e crítica: A supremaciaracial e o branco anti-racista
Main Article Content
Abstract
Na literatura científica de maneira geral as pesquisas sobre a branquitude têm se restringido em investigar a branquitude crítica, deixando de lado a branquitude acrítica. A branquitude crítica refere-se ao indivíduo ou grupo branco que desaprovam publicamente o racismo. Enquanto que a branquitude acrítica refere-se a branquitude individual ou coletiva que sustenta o argumento em prol da superioridade racial branca. Este artigo possui a preocupação em salientar a importância de distinguirmos a branquitude crítica e a branquitude acrítica. O que pode parecer apenas uma simples distinção pode nos levar a analisar com maior atenção e profundidade o crescimento e fortalecimento de grupos neonazistas e membros da Ku Klux Klan: grupos que representam dois significativos exemplos da expressão da branquitude acrítica.
Downloads
Article Details
You are free to:
- Share — copy and redistribute the material in any medium or format
- Adapt — remix, transform, and build upon the material
- The licensor cannot revoke these freedoms as long as you follow the license terms.
Under the following terms:
-
Attribution — You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
-
NonCommercial — You may not use the material for commercial purposes.
-
ShareAlike — If you remix, transform, or build upon the material, you must distribute your contributions under the same license as the original.
- No additional restrictions — You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits.
References
Arendt, H. (2006). As origens do totalitarismo. 2ª ed., Trad. Roberto Raposo. Lisboa: Dom Quixote.
Balibar, E. (1991). Is There a 'Neo-racism'? In: B. Etiene & Wallestein, I., 1991, (pp. 17-28).
Balibar, E. & Wallestein, I. (1991). Race, Nation, Class: ambiguous identities. London: Verso.
Bento, M. A. da S. (2002a). Pactos narcísicos no racismo: Branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. (Tese de doutorado), São Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade.
Bento, M. A. da S. (2002b). Branqueamento e branquitude no Brasil. In: Carone, I. & Bento, M. A. da S. (org.), pp. 25-57.
Bento, M. A. da S. (2002c). Branquitude: o lado oculto do discurso sobre o negro. In: Carone, I. & Bento, M. A. da S. (org.), pp. 147-162.
Biko, S. (1990 [1978]). Escrevo o que eu quero. Série Temas, vol. 21. Sociedade e Política. Trad. Grupo Solidário São Domingos. São Paulo: Ática.
Cardoso, L. (2008). O branco "invisível": um estudo sobre a emergência da branquitude nas pesquisas sobre as relações raciais no Brasil (Período: 1957- 2007). (Dissertação de mestrado), Faculdade de Economia e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
Carone, I. & Bento, M. A. da S. (org.) (2002). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Vozes.
Cavallero, E. (2001). Racismo e anti-racismos na educação: repensando a escola. São Paulo: Editora Selo Negro.
Costa, M. R. (1997). Os Skinheads No Brasil. Cultura Vozes, Petropolis, 91, pp. 83-93.
Downing, J. (2002). Mídia: rebelidia nas comunicações e movimentos sociais. Trad. Silvana Vieira. São Paulo: Editora Senac-SP.
Du Bois, W. E. B. (1977[1935]). Black Reconstruction in the United States. New York: Russell & Russell.
Fanon, F. (1952). Peau noire, masques blancs. Paris: Éditions du Seuil.
Fanon, F. (s/d[1952]). Pele negra máscaras brancas. Trad. Alexandre Pomar. Porto: Edição A. Ferreira.
Fanon, F. (1980). Em defesa da revolução africana. Terceiro Mundo, Tradução de Isabel Pascoal. Portugal: Livraria Sá da Costa Editora.
Fernandes, F. (1978). A integração do negro na sociedade de classes. 3ª ed., vol. I e II. São Paulo: Editora Ática.
Frankenberg, R. (1999a). White women, race masters: The social construction of whiteness. Minneapolis: University of Minnesota.
Frankenberg, R. (1999b). Race, sex and Intimacy I: Mapping a discourse. Minneapolis: University of Minnesota.
Frankenberg, R. (2004). A miragem de uma branquidade não marcada. Rio de Janeiro: Garamond.
Gilroy, P. (1998). Race ends here. Abingdon, Oxford: Ethnic and racial studies. XXI (5), pp. 838-847.
Gilroy, P. (2000). Against race. Imagining Political Culture Beyond The Color Line. Cambridge: Belknap Press/Havard.
Gilroy, P. (2001). Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. Trad. Cid Knipel. São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes, Centro de Estudos Sociais Afro-Asiáticos.
Guimarães, A. S. A. (2004a). Preconceito de cor e racismo no Brasil. Revista de Antropologia. São Paulo, USP. 47 (1), pp. 9-43.
Guimarães, A. S. A. (2005a). Racial democracy. In: Souza, J. & Sinder, V. (org). Imagining Brazil (Global Encounters), 1ª ed., pp. 119-140. Lanham, Md.: Lexington Books.
Guimarães, A. S. A. (2005b). Racismo e Anti-racismo no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Editora 34.
Hage, Gh. (2004). A 'Ásia' e a crise da branquitude no mundo ocidental. Rio de Janeiro: Garamond.
Hall, S. (2003). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Liv Sovik (org.), Trad. Adelaine La Guardia Resende et al. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil.
Hall, S. (2005). A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro, 10ª. ed. Rio de Janeiro: DP&a.
Hofbauer, A. (2006). Ações Afirmativas e o debate sobre o racismo no Brasil. Lua Nova. 68, pp. 9-56.
Huijg, D. D. (2007). Feministas brancas, tirando às máscaras: a expressão da branquitude feminina nas relações raciais intra-gênero. (Dissertação de mestrado). Holanda: Departamento de Letras da Universidade de Leiden.
Huntley, L. & Guimarães, A. S. A. (org.) (2000). Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil. São Paulo: Paz e Terra.
Ianni, O. (1996). A sociologia de Florestan Fernandes. Estud. av., São Paulo. 10 (26), pp. 25-33.
Ianni, O. (2004a). Dialética das relações raciais. Estud. av., São Paulo. 18 (50), pp. 21-30.
Ianni, O. (2004b). Octavio Ianni: o preconceito racial no Brasil. Estud. av., São Paulo. 18 (50), pp. 6-20.
Jacobson, M. F. (2004). Pessoas brancas livres' na Republica, 1790-840. Rio de Janeiro: Garamond.
McLaren, P. (2000). Multiculturalismo revolucionário: pedagogia para o novo milênio. Trad. Márcia Moraes e Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
Memmi, A. (1989). Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. 3ª ed. Trad. Roland Corbizer e Mariza Pinto. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Miles, R. (1994). Racism: After 'race relations'. Reprinted, London and New York: Routledge.
Munanga, K. (2004). Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Identidade Nacional versus Identidade Negra. 2. ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica.
Oliveira, L. O. A. (2007). Expressões de vivência da dimensão racial de pessoas brancas: representações de branquitude de indivíduos brancos (Dissertação de mestrado). Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pósgraduação em Psicologia, Universidade Federal da Bahia.
Rachleff, P. (2004). Branquidade: seu lugar na historiografia da raça e da classe nos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Garamond.
Ramos, A. G. (1995[1957]a). Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.
Ramos, A. G. (1995[1957]a). Patologia social do "branco" brasileiro. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.
Ramos, A. G. (1995[1957]a). O problema do negro na sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.
Roediger, D. (2000). Towards the Abolition of Whiteness. London, New York: Verso.
Rossato, C. & Gesser, V. (2001). A experiência da branquitude diante de conflitos raciais: estudos de realidades brasileiras e estadunidense. In: Cavalleiro, E. (org.). Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, pp. 11-36.
Pincus, F. L. & Howard, J. E. (eds.) (1999). Race and ethnic conflict: contending views on prejudice, discrimination, and ethnoviolence. San Francisco: Westview Press.
Piza, E. (2000). Branco no Brasil? Ninguém sabe, ninguém viu. In: Huntley, L. W. & Guimarães, A. S. A. (Orgs.) Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil, (pp. 97-125). São Paulo: Paz e Terra.
Piza, E. (2002). Porta de vidro: entrada para branquitude. In: Carone, I. & Bento, M. A. da S. (orgs.) Psicologia Social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil, (pp. 59-90). Petrópolis: Editora Vozes.
Santos, B. de S. (1995a). Toward a New Common Sense: Law, Science and Politics in the Paradigmatic Transition. Nova Iorque: Routledge.
Santos, B. de S. (1995b). "The law of the opressed: the construction and reproduction of legality in Pasargada", Law and Society, Review, 12 (5).
Santos, B. de S. (2002a). Pela Mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 8ª ed. Porto: Edições Afrontamento.
Santos, B. de S. (2006a). A gramática do tempo: para uma nova cultura política. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. Vol. 4. Porto: Edições Afrontamento.
Santos, B. de S. (2006b). Uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. En Renovar la teoría crítica y reinventar la emancipación social (encuentros en Buenos Aires). Buenos Aires: Clacso.
Santos, B. de S. (2006). A construção intercultural da igualdade e da diferença. São Paulo: Cortez.
Santos, B. de S. (2006). Entre Próspero e Caliban: colonialismo, pós-colonialismo e inter-identidade. São Paulo: Cortez Editora.
Silva, Jr. H. (2003). Ação Afirmativa para negros (as) nas universidades: a conclusão de um princípio constitucional de igualdade. In: Silva, P. B. G. & Silvério, V. R. (org.), (pp. 99-114).
Silva, P. B. G. & Silvério, V. R. (org.) (2003). Educação e ações afirmativas: entre a injustiça simbólica e a injustiça econômica. Brasília: Inec/MEC.
Sovik, L. (2004a). Aqui ninguém é branco: hegemonia branca no Brasil. In: Ware, Vron. Branquidade. Identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, Centro de Estudos Afro-Brasileiros, Universidade Candido Mendes.
Sovik, L. (2004b). We are family: Whiteness in the brazilian media, Journal of Latin American Cultural of Studies. 13 (13), pp. 315-325.
Sovik, L. (2005). Por que tenho razão: branquitude, estudos culturais, e a vontade da verdade acadêmica. Contemporânea Revista de Comunicação e Cultura Journal of Comunication and culture. 3 (2), pp. 159-180.
Sowell, Th. (1999). "New racism and" old dogmatism. In F. L. Pincus & H. J. Ehrlich (eds.) Race and Ethnic Conflict: Contending Views on Prejudice, Discrimination, and Ethnoviolence, (pp. 291-304). Boulder, Co.: Westview Press.
Steyn, M. (2004). Novos matizes da "branquitude": a identidade branca numa África do Sul multicultural e democrática. Rio de Janeiro: Garamond Universitária.
Touraine, A. (1998a). Iguais e Diferentes: poderemos viver juntos? Lisboa: Instituto.
Touraine, A. (1998a). Os movimentos sociais. In: A. Touraine (1998b). Iguales y diferentes: podemos vivir juntos?, (pp. 127-172). Lisboa: Instituto Piaget.
Wray, Matt. (2004). Pondo "a ralé branca" no centro: implicações para as pesquisas futuras. Río de Janeiro: Garamond Universitária.
Ware, V. (2004a). Introdução: O poder duradouro da branquidade um problema a solucionar. Río de Janeiro: Garamond Universitária.
Ware, V. (2004). (org.) Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond Universitária.