Dimensões política e pública da orfandade por feminicídio: uma revisão de literatura

Contenido principal del artículo

Roberta Scaramussa da Silva, Mg.
Rafael Andrés Patiño-Orozco, Ph. D.

Resumen

(analítico)
Uma das violências mais extremas contra as mulheres é o feminicídio, crime que afeta principalmente filhos e filhas sobreviventes. Este artigo apresenta os resultados de uma revisão integrativa da literatura que objetivou analisar como as dimensões política e pública da orfandade por feminicídio são apresentadas na produção acadêmica. Foram identificados vinte e dois artigos de diferentes países, publicados entre os anos de 1958 e 2022 e tratados a partir da análise temático-categorial. Os resultados apontaram que predomina um discurso a-crítico e a-histórico sobre o tema. Além da ausência de dados oficiais sobre a problemática, as políticas públicas são apresentadas como ineficientes ou inexistentes. Visando proteger e cuidar dessas crianças e adolescentes, a orfandade por feminicídio precisa ser reconhecida como um problema social relevante, objeto de ações sistemáticas e eficientes.


Palabras clave:  Feminicídio; crianças órfãs; políticas públicas; revisão de literatura.


 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Scaramussa da Silva, R., & Patiño-Orozco, R. A. . (2023). Dimensões política e pública da orfandade por feminicídio: uma revisão de literatura. Revista Latinoamericana De Ciencias Sociales, Niñez Y Juventud, 22(1), 1–21. https://doi.org/10.11600/rlcsnj.22.1.5769
Sección
Primera Sección: Teoría y Metateoría
Biografía del autor/a

Roberta Scaramussa da Silva, Mg., Universidade Federal do Sul da Bahia, Brasil

Psicóloga, mestre em Psicologia e Especialista em Relações de Gênero e Raça, Universidade Federal do Espírito Santo. 0000-0001-5472-0036. H5: 1. Correio Eletrônico: roberta.scaramussa@gfe.ufsb.edu.br 

Rafael Andrés Patiño-Orozco, Ph. D., Universidade Federal do Sul da Bahia, Brasil

Graduado em Psicologia, Universidad de Antioquia. Mestre em Psicologia, Universidad de San Buenaventura (Colômbia). Doctor em Psicologia, Universidade Federal da Bahia. Pós-Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. 0000-0001-6492-8252. H5: 6. Correio Eletrônico: rafaelpatino@gfe.ufsb.edu.br

Citas

*Almeida, K. (2016). Orfandade por violência doméstica contra a mulher: uma pesquisa biográfica. Civitas. Revista de Ciências Sociais, 16(1), e20-e35. https://doi.org/h4z3

Arendt, H. (2005). A Condição Humana. Forense Universitária.

Azambuja, M. P. R. D., & Nogueira, C. (2008). Introdução à violência contra as mulheres como um problema de direitos humanos e de saúde pública. Saúde e Sociedade, 17(3), 101-112. https://doi.org/10.1590/S0104-12902008000300011

*Bergen, M. E. (1958). The effect of severe trauma on a four-year-old child. The Psychoanalytic Study of the Child, 13(1), 407-429. https://doi.org/10.1080/00797308.1958.11823189

*Black, D., & Kaplan, T. (1988). Father kills mother: Issues and problems encountered by a child psychiatric team. The British Journal of Psychiatry, 153(5), 624-630. https://doi.org/10.1192/bjp.153.5.624

*Black, D., Harris-Hendriks, J., & Kaplan, T. (1993). Father kills mother: Post-traumatic stress disorder in the children. Bereavement Care, 12(1), 152-157. https://doi.org/10.1080/02682629308657304

Bueno, S., Bohnenberger, M., & Sobral, I. (2021). A violência contra meninas e mulheres no ano pandêmico. Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

*Burman, S., & Allen-Meares, P. (1994). Neglected victims of murder: Children's witness to parental homicide. Social Work, 39(1), 28-34. https://doi.org/10.1093/sw/39.1.28

Carvalho, E. F. M. D., Laguardia, J., & Deslandes, S. F. (2022). Sistemas de informação sobre violência contra as mulheres: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, 27(4), 1273-1287. https://doi.org/10.1590/1413-81232022274.08722021

Cooper, H. M. (1982). Scientific guidelines for conducting integrative research reviews. Review of Educational Research, 52(2), 291-302. https://doi.org/fj98dh

Cooper, H. M. (1998). Synthesizing research: A guide for literature reviews (3ª ed.). Sage. D’Angelo, E. (Coord.). (2022). Feminicidios en pandemia en América Latina: primer informe anual 2022. MundoSur. https://mundosur.org/wp-content/uploads/2022/03/MLF-1er-informeanual-2022_opt.pdf

*Dibarboure, M., Camparo, D., & Kachinovsky, A. (2021). Orfandades silenciosas por femicidio íntimo: claves para la reparación del daño. Revista Multimedia sobre la Infancia y sus Institución(es), 10(10), 1-52.

Dimenstein, M. (2000). A cultura profissional do psicólogo e o ideário individualista: implicações para a prática no campo da assistência pública à saúde. Estudos de Psicologia (Natal), 5(1), 95-121. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2000000100006

Durán, E., & Valoyes, E. (2009). Perfil de los niños, niñas y adolescentes sin cuidado parental en Colombia. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 7(2), 761-783.

*Erükçü Akbaş, G., & Karataş, K. (2022). The depth of trauma: The children left behind after femicide in Turkey. International Social Work, 65(1), 113-126. https://doi.org/10.1177/0020872819895558

*Ferrara, P., Caporale, O., Cutrona, C., Sbordone, A., Amato, M., Spina, G., Ianniello, F., Fabrizio, G., Guadagno, C., Basile, M., Miconi, F., Perrone, G., Riccardi, R., Verrotti, A., Pettoello-Mantovani, M., Villani, A., Corsello, G. & Scambia, G. (2015). Femicide and murdered women’s children: Which future for these children orphans of a living parent? Italian Journal of Pediatrics, 41(1), 1-6. https://doi.org/10.1186/s13052-015-0173-z

*Ferrara, P., Ianniello, F., Semeraro, L., Franceschini, G., Lo Scalzo, L., Giardino, I., & Corsello, G. (2018). Murdered women’s children: A social emergency and gloomy reality. Signa Vitae, 14(1), 71-74. https://doi.org/10.22514/SV141.052018.12

*Hardesty, J. L., Campbell, J. C., McFarlane, J. M., & Lewandowski, L. A. (2008). How children and their caregivers adjust after intimate partner femicide. Journal of Family Issues, 29(1), 100-124. https://doi.org/10.1177/0192513X07307845

*Huertas, O., López, D., Molina, M., Hernández, M., & Arteaga, M. (2021). Los niños huérfanos de feminicidio y sus repercusiones en la familia en Colombia. Pensamiento Jurídico, (54), 13-35.

*Jung, V. F., & de Campos, C. H. (2019). Órfãos do feminicídio: vítimas indiretas da violência contra a mulher. Revista de Criminologias e Políticas Criminais, 5(1), 79-96. https://doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2526-0065/2019.v5i1.5573

*Kapardis, A., Baldry, A. C., & Konstantinou, M. (2017). A qualitative study of intimate partner femicide and orphans in Cyprus. Qualitative Sociology Review, 13(3), 80-100. https://doi.org/10.18778/1733-8077.13.3.06

*León, I. X., Espín, L., & Gallegos, S. (2021). Método general de solución de problemas y Diagrama de Ishikawa en el análisis de los efectos de los femicidios en el entorno familiar. Revista Conrado, 17(79), 252-260.

*Lewandowski, L. A., McFarlane, J., Campbell, J. C., Gary, F., & Barenski, C. (2004). «He killed my mommy!»: Murder or attempted murder of a child's mother. Journal of Family Violence, 19, 211-220. https://doi.org/10.1023/B:JOFV.0000032631.36582.23

Oliveira, D. C. (2008). Análise de conteúdo temático-categorial: uma proposta de sistematização. Revista Enfermagem UERJ, 16(4), 569-76.

Paplowski, S. K. (2022). Como poderei viver sem a tua companhia? A criança órfã do feminicídio e o Sistema de Garantia dos Direitos. Revista Húmus, 12(35). https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n35.2022.14

Pasinato, W. (2011). «Femicídios» e as mortes de mulheres no Brasil. Cadernos Pagu, (37), 219-246. https://doi.org/10.1590/S0104-83332011000200008

Presidência da República do Brasil. (2006, 7 de agosto). Lei 11 340. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

Presidência da República do Brasil. (2015, 9 de marzo). Lei 13 104. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13104.htm

*Pruett, K. D. (1979). Home treatment for two infants who witnessed their mother’s murder. Journal of the American Academy of Child Psychiatry, 18(4), 647-657. https://doi.org/10.1016/S0002-7138(09)62212-3

Radford, J., & Russell, D. E. (eds.) (1992). Femicide: The politics of woman killings. Twayne.

*Rappaport, C., Questiaux, E., & Laoudi, Y. (2020a). L’enfant co-victime de féminicide-homicide au sein du couple parental. Neuropsychiatrie de l’Enfance et de l’Adolescence, 68(3), 123-129. https://doi.org/10.1016/j.neurenf.2020.01.006

*Rappaport, C., Questiaux, E., & Laoudi, Y. (2020b). L’enfant co-victime de féminicide-homicide au sein du couple parental. Présentation du protocole partenarial de prise en charge thérapeutique des enfants témoins de féminicide. Neuropsychiatrie de l’Enfance et de l’Adolescence, 68(3), 117-122. https://doi.org/10.1016/j.neurenf.2020.01.005

*Vélez, N. G., Camacho, C. A., Zambrano, C. K., & Mendoza, J. R. (2018). Descripción de las secuelas emocionales en Familiares de las Víctimas de femicidio en Manabí. Revista San Gregorio, (21), 148-159.

Villanueva-Coronado, A., Pérez-Hernández, E. A., & Orozco-Ramírez, L. A. (2022). Adolescentes y jóvenes en orfandad por desaparición, homicidio y feminicidio: revisión narrativa. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 20(3), 1-29. https://doi.org/10.11600/rlcsnj.20.3.4598

*Zafra, E., Anleu, C. M., i Fernández, F., & Victòria, M. (2020). Consecuencias del feminicidio en violencia machista: análisis de necesidades de hijos, hijas y familiares en Cataluña. Ciencia, Técnica y Mainstreaming Social, (4), 83-95.

*Zeanah, C. H., & Burk, G. S. (1984). A young child who witnessed her mother’s murder: Therapeutic and legal considerations. The American Journal of Psychotherapy, 38(1), 132-145. https://doi.org/10.1176/appi.psychotherapy.1984.38.1.132