Infâncias, vulnerabilidade social e ocupações:expressões de resistência e produção de vida
Contenido principal del artículo
Resumen
A desigualdade social impacta a infância, reduzindo as oportunidades ocupacionais de crianças de classes sociais desfavorecidas. Este estudo qualitativo analisou experiências de 35 famílias com crianças em dois municípios brasileiros, utilizando entrevista semiestruturada e o Checklist Intersetorial de Detecção de Risco ao Desenvolvimento Infantil. A análise estatística e temática revelou que processos sociais moldam as oportunidades ocupacionais e que os cuidadores associaram a Educação a um futuro promissor. As ocupações infantis também se expressaram como práticas de resistência e produção de vida diante da vulnerabilidade social. A pesquisa evidencia o papel da Terapia Ocupacional na compreensão dos desafios ocupacionais e do poder transformador das ações coletivas, mostrando como a agenda neoliberal perpetua iniquidades, mas não anula as formas de luta e resistência das famílias e crianças.
Puntos clave
• A desigualdade social limita as oportunidades ocupacionais infantis: crianças em situação de vulnerabilidade social podem ter menos acesso a esportes, cultura, lazer e escolhas dentro do que almejam para a construção de si mesmas.
• Ocupações infantis são atos de resistência e de produção de vida: mesmo em territórios vulneráveis, as brincadeiras e o uso dos espaços das comunidades se tornam formas de afirmar a vida cotidiana.
##plugins.themes.bootstrap3.displayStats.downloads##
Detalles del artículo
Sección

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Usted es libre de:
- Compartir - copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato
- Adaptar - remezclar, transformar y construir a partir del material
- La licenciante no puede revocar estas libertades en tanto usted siga los términos de la licencia
Bajo los siguientes términos:
-
Atribución - Usted debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante.
-
NoComercial - Usted no puede hacer uso del material con propósitos comerciales.
-
CompartirIgual - Si remezcla, transforma o crea a partir del material, debe distribuir su contribución bajo la lamisma licencia del original.
- No hay restricciones adicionales - No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.
Cómo citar
Referencias
Acevedo-Garcia, D., Noelke, C., & Mcardle, N. (2020). The geography of child opportunity: Why neighborhoods matter for equity: First findings from the Child Opportunity Index 2.0. https://www.diversitydatakids.org/sites/default/"les/"le/ddk_the-geography-of-childopportunity_2020v2_0.pdf
Adekanbi, O. A. (2024). The ultimate economic model hidden in plain sight. American Journal of Social Sciences And Humanity Research, 4(11), 100-106. https://doi.org/qh3h
Assis, C. (2018, 6 de diciembre). Tarefas domésticas e de cuidado são principal impedimento para mulheres jovens estudarem e trabalharem fora de casa. GN. https://bit.ly/3XOq4l7
Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. Edições 70.
Barros, D. D., Guirardi, M. I. G., & Lopes, R. E. (2002). Social occupational therapy. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 13(3), 95-103. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v13i3p95-103
Boito Jr., A. (1999). Política neoliberal e sindicalismo no Brasil. Xamã. Braun, V., & Clarke, V. (2006). Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, 3(2), 77-101. https://doi.org/10.1191/1478088706qp063oa
Brito, C. M. D., Quadros Magalhães, J. L., & Coelho Magalhães, R. (2023). Decolonizar o conceito de justiça ocupacional: uma construção epistemológica. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, 51(1), 840-865. https://doi.org/qh2z
Cattan, S., Fitzsimons, E., Goodman, A., Phimister, A., Ploubidis, G., & Wertz, J. (2022). Early childhood inequalities. https://dera.ioe.ac.uk/id/eprint/39757/
Cecchini, S., Holz, R., & Soto de la Rosa, H. (Coords.) (2021). A toolkit for promoting equality: the contribution of social policies in Latin America and the Caribbean. Economic Commission for Latin America and the Caribbean. https://igualdad.cepal.org/sites/default/files/2022-03/DB_intro_childhood_en.pdf
Christiansen, C., & Townsend, E. (2010). An introduction to occupation. En C. Christiansen, & E. Townsend (Eds.), Introduction to occupation: The art and science of living: New multidisciplinary perspectives for understanding human occupation as a central feature of individual experience and social organization (pp. 01-30). Pearson Education.
Davis, J., & Polatajko, H. (2006). The occupational development of children. En S. Rodger, & J. Ziviani (Eds.), Occupational therapy with children: Understanding children’s occupations and enabling participation. (pp. 13-76). Blackwell.
De Freitas, M. C., & De Mecena, E. H. (2012). Vulnerabilidades de crianças que nascem e crescem em periferias metropolitanas: notícias do Brasil. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 10(1), 195-203. https://doi.org/qh27
Dickie, V., Cutchin, M., & Humphry, R. (2006). Occupation as transactional experience: A critique of individualism in occupational science. Journal of Occupational Science, 13(1), 83-93. https://doi.org/10.1080/14427591.2006.9686573
Drummond, A. F., Ferreira, F. R., & Costa, L. (2021). Ocupação, participação e inclusão: uma tríade em pauta. En A. M. van Petten, A. A. Cardoso, & C. M. C. Brito (Orgs.), Estudos da ocupação: desafios e possibilidades (pp. 33-48). Paco Editorial.
Engle, P., Fernald, L., Alderman, H., Behrman J., O’Gara, C., Yousafzai, A., Cabral, M., Hidrobo, M., Ulkuer, N., Ertem, I., Iltus, S., & Global Child Development Steering Group. (2011). Strategies for reducing inequalities and improving developmental outcomes for young children in low-income and middle-income countries. Lancet, 378(9799), 1339-1353. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(11)60889-1
Franco, M. F. (2024). Evidências de validade de um instrumento intersetorial para detecção de risco para o desenvolvimento infantil [Dissertação de Mestrado]. Repositório da UFSCar. https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/20262
Galvaan, R. (2015). The contextually situated nature of occupational choice: Marginalised young adolescents’ experiences in South Africa. Journal of Occupational Science, 22(1), 39-53. http://doi.org/10.1080/14427591.2014.912124
Gobbi, M. & Anjos, C. (2024). Infâncias, movimentos sociais e cidade: reflexões urgentes em meio à «fadiga da compaixão». Educar em Revista, 40, 1-18. https://doi.org/qh3g
Hammell, K. W. (2021). Building back better: Imagining an occupational therapy for a post-Covid-19 world. Australian Occupational Therapy Journal, 68(5), 444-453. https://doi.org/10.1111/1440-1630.12760
Hochman, B., Nahas, F. X., Oliveira Filho, R. S., & Ferreira, L. M. (2005). Desenhos de Pesquisa. Acta Cirúrgica Brasileira, 20(supl. 2), 2-9. https://doi.org/cd36qc
Laliberte, D. (2005). Understanding political influences on occupational possibilities: An analysis of newspaper constructions of retirement. Journal of Occupational Science, 12(3), 149-160. https://doi.org/10.1080/14427591.2005.9686558
Law, M., Petrenchik, T., Ziviani, J., & King, G. (2006). Participation of children in school and community. En S. Rodger, & J. Ziviani (Eds.), Occupational therapy with children: understanding children’s occupations and enabling participation (pp. 67-82). Blackwell.
Lopes, R. E., Adorno, R. C., Malfitano, A. P., Takeiti, B. A., Silva, C. R., & Borba, P. L. (2008). Juventude pobre, violência e cidadania. Saúde e Sociedade, 17(3), 63-76. https://doi.org/10.1590/s0104-12902008000300008
Lysack, C. (2011). Fatores socioeconômicos e suas influências sobre o desempenho ocupacional. En E. Crepeau, E. Cohn, & B. Schell (Eds.), Terapia ocupacional. Editorial Médica Panamericana.
Mandich, A., & Rodger, S. (2006). Doing, being and becoming: Their importance for children. En S. Rodger, J. & Ziviani (Eds.), Occupational therapy with children: Under-standing children’s occupation and enabling participation (pp. 115-132). Blackwell.
Minayo, M. C. S. (2021). Ética das pesquisas qualitativas segundo suas características. Revista Pesquisa Qualitativa, 9(22), 521-539. https://doi.org/qhxg
Miranda de Oliveira, H., Nunes, M., & Silveira, G. (2025). Neoliberalismo y globalización: la terapia ocupacional como resistencia y potencia en las experiencias colectivas del territorio. Revista Ocupación Humana, 25(1), 60-70. https://doi.org/qhxf
National Scientific Council on the Developing Child. (2023). O lugar importa: o ambiente molda as bases do desenvolvimento saudável: Working Paper, 16. https://bit.ly/3KDrbBa
Oliveira, A. C. (2023). Colonialidade, infâncias e juventudes. InSURgência. Revista de Direitos e Movimentos Sociais, 9(2), 89-114.
Palacios, J. J. (1983). El concepto de región: la dimensión espacial de los procesos sociales. Revista Interamericana de Planificación, 17(66), 56-68.
Pope, E., Brandão, C., Bower, K., & Verdugo-Castro, S. (2023). Qualitative research for interdisciplinary studies: Multiple methodologies for multiple disciplines. New Trends in Qualitative Research, 16, e825. https://doi.org/10.36367/ntqr.16.2023.e825
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. En E. Lander (Org.), A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas (pp. 117-142). Clacso.
Rachter, L. (2024, 1 de febrero). As meninas cozinham enquanto os meninos brincam: a desigualdade nas tarefas de cuidado começa na infância. Banco Interamericano de Desarrollo. https://www.iadb.org/pt-br/blog/meninas-cozinham-enquanto-os-meninos-brincamdesigualdade-nas-tarefas-de-cuidado-comeca-na-infancia
Ramugondo, L. (2015). Occupational consciousness. Journal of Occupational Science, 22(4), 488-501. https://doi.org/10.1080/14427591.2015.1042516
Selltiz, C., Wrightsman, L., & Cook, S. (1987). Métodos de pesquisa nas relações sociais. EPU.
Sen, A. (1999). Development as freedom. Oxford University Press.
Silva, C. R., Freitas, H. I. (2003). Adolescentes em situação de vulnerabilidade: estratégias de terapia ocupacional em um trabalho de prevenção à Aids. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 11(2), 111-117.
Siqueira, L. S. (2013). Programa Bolsa-Família: uma inovação conservadora? Revista Praia Vermelha, 23(1), 177-195.
Unicef. (2024). The future of childhood: The state of the world’s children 2024. https:// www.unicef.org/media/165156/file/sowc-2024-full-report-en.pdf
World Federation of Occupational Therapists. (2024). About Occupational Therapy. https://wfot.org/about/about-occupational-therapy
Whiteford, G. (2000). Occupational deprivation: Global challenge in the new millennium. British Journal of Occupational Therapy, 63(5), 200-204. https://doi.org/gghmsq
Wilcock, A. A. (2006). An occupational perspective of health (2ª ed.). Slack.
Ziviani, J., & Rodger, S. (2006). Environmental influences of children’s participation. En S. Rodger, J. & Ziviani (Eds.), Occupational therapy with children: Understanding children’s occupations and enabling participation (pp. 41-61). Blackwell.