Branquitude acrítica e crítica: A supremaciaracial e o branco anti-racista

Contenido principal del artículo

Lourenço Cardoso

Resumen

Na literatura científica de maneira geral as pesquisas sobre a branquitude têm se restringido em investigar a branquitude crítica, deixando de lado a branquitude acrítica. A branquitude crítica refere-se ao indivíduo ou grupo branco que desaprovam publicamente o racismo. Enquanto que a branquitude acrítica refere-se a branquitude individual ou coletiva que sustenta o argumento em prol da superioridade racial branca. Este artigo possui a preocupação em salientar a importância de distinguirmos a branquitude crítica e a branquitude acrítica. O que pode parecer apenas uma simples distinção pode nos levar a analisar com maior atenção e profundidade o crescimento e fortalecimento de grupos neonazistas e membros da Ku Klux Klan: grupos que representam dois significativos exemplos da expressão da branquitude acrítica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Cardoso, L. (2010). Branquitude acrítica e crítica: A supremaciaracial e o branco anti-racista. Revista Latinoamericana De Ciencias Sociales, Niñez Y Juventud, 8(1), 607–630. Recuperado a partir de https://revistaumanizales.cinde.org.co/rlcsnj/index.php/Revista-Latinoamericana/article/view/70
Sección
Segunda Sección: Estudios e Investigaciones
Biografía del autor/a

Lourenço Cardoso, Unesp - Araraquara

Pesquisador a Unesp-Araraquara. Lourenço Cardoso: Nasceu na capital de São Paulo. Formado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mestre em Sociologia pela Faculdade de Economia e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Doutorando em Sociologia pela Unesp campus Araraquara.

Citas

Arendt, H. (2006). As origens do totalitarismo. 2ª ed., Trad. Roberto Raposo. Lisboa: Dom Quixote.

Balibar, E. (1991). Is There a 'Neo-racism'? In: B. Etiene & Wallestein, I., 1991, (pp. 17-28).

Balibar, E. & Wallestein, I. (1991). Race, Nation, Class: ambiguous identities. London: Verso.

Bento, M. A. da S. (2002a). Pactos narcísicos no racismo: Branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. (Tese de doutorado), São Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade.

Bento, M. A. da S. (2002b). Branqueamento e branquitude no Brasil. In: Carone, I. & Bento, M. A. da S. (org.), pp. 25-57.

Bento, M. A. da S. (2002c). Branquitude: o lado oculto do discurso sobre o negro. In: Carone, I. & Bento, M. A. da S. (org.), pp. 147-162.

Biko, S. (1990 [1978]). Escrevo o que eu quero. Série Temas, vol. 21. Sociedade e Política. Trad. Grupo Solidário São Domingos. São Paulo: Ática.

Cardoso, L. (2008). O branco "invisível": um estudo sobre a emergência da branquitude nas pesquisas sobre as relações raciais no Brasil (Período: 1957- 2007). (Dissertação de mestrado), Faculdade de Economia e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Carone, I. & Bento, M. A. da S. (org.) (2002). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Vozes.

Cavallero, E. (2001). Racismo e anti-racismos na educação: repensando a escola. São Paulo: Editora Selo Negro.

Costa, M. R. (1997). Os Skinheads No Brasil. Cultura Vozes, Petropolis, 91, pp. 83-93.

Downing, J. (2002). Mídia: rebelidia nas comunicações e movimentos sociais. Trad. Silvana Vieira. São Paulo: Editora Senac-SP.

Du Bois, W. E. B. (1977[1935]). Black Reconstruction in the United States. New York: Russell & Russell.

Fanon, F. (1952). Peau noire, masques blancs. Paris: Éditions du Seuil.

Fanon, F. (s/d[1952]). Pele negra máscaras brancas. Trad. Alexandre Pomar. Porto: Edição A. Ferreira.

Fanon, F. (1980). Em defesa da revolução africana. Terceiro Mundo, Tradução de Isabel Pascoal. Portugal: Livraria Sá da Costa Editora.

Fernandes, F. (1978). A integração do negro na sociedade de classes. 3ª ed., vol. I e II. São Paulo: Editora Ática.

Frankenberg, R. (1999a). White women, race masters: The social construction of whiteness. Minneapolis: University of Minnesota.

Frankenberg, R. (1999b). Race, sex and Intimacy I: Mapping a discourse. Minneapolis: University of Minnesota.

Frankenberg, R. (2004). A miragem de uma branquidade não marcada. Rio de Janeiro: Garamond.

Gilroy, P. (1998). Race ends here. Abingdon, Oxford: Ethnic and racial studies. XXI (5), pp. 838-847.

Gilroy, P. (2000). Against race. Imagining Political Culture Beyond The Color Line. Cambridge: Belknap Press/Havard.

Gilroy, P. (2001). Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. Trad. Cid Knipel. São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes, Centro de Estudos Sociais Afro-Asiáticos.

Guimarães, A. S. A. (2004a). Preconceito de cor e racismo no Brasil. Revista de Antropologia. São Paulo, USP. 47 (1), pp. 9-43.

Guimarães, A. S. A. (2005a). Racial democracy. In: Souza, J. & Sinder, V. (org). Imagining Brazil (Global Encounters), 1ª ed., pp. 119-140. Lanham, Md.: Lexington Books.

Guimarães, A. S. A. (2005b). Racismo e Anti-racismo no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Editora 34.

Hage, Gh. (2004). A 'Ásia' e a crise da branquitude no mundo ocidental. Rio de Janeiro: Garamond.

Hall, S. (2003). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Liv Sovik (org.), Trad. Adelaine La Guardia Resende et al. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil.

Hall, S. (2005). A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro, 10ª. ed. Rio de Janeiro: DP&a.

Hofbauer, A. (2006). Ações Afirmativas e o debate sobre o racismo no Brasil. Lua Nova. 68, pp. 9-56.

Huijg, D. D. (2007). Feministas brancas, tirando às máscaras: a expressão da branquitude feminina nas relações raciais intra-gênero. (Dissertação de mestrado). Holanda: Departamento de Letras da Universidade de Leiden.

Huntley, L. & Guimarães, A. S. A. (org.) (2000). Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil. São Paulo: Paz e Terra.

Ianni, O. (1996). A sociologia de Florestan Fernandes. Estud. av., São Paulo. 10 (26), pp. 25-33.

Ianni, O. (2004a). Dialética das relações raciais. Estud. av., São Paulo. 18 (50), pp. 21-30.

Ianni, O. (2004b). Octavio Ianni: o preconceito racial no Brasil. Estud. av., São Paulo. 18 (50), pp. 6-20.

Jacobson, M. F. (2004). Pessoas brancas livres' na Republica, 1790-840. Rio de Janeiro: Garamond.

McLaren, P. (2000). Multiculturalismo revolucionário: pedagogia para o novo milênio. Trad. Márcia Moraes e Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

Memmi, A. (1989). Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. 3ª ed. Trad. Roland Corbizer e Mariza Pinto. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Miles, R. (1994). Racism: After 'race relations'. Reprinted, London and New York: Routledge.

Munanga, K. (2004). Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Identidade Nacional versus Identidade Negra. 2. ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica.

Oliveira, L. O. A. (2007). Expressões de vivência da dimensão racial de pessoas brancas: representações de branquitude de indivíduos brancos (Dissertação de mestrado). Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pósgraduação em Psicologia, Universidade Federal da Bahia.

Rachleff, P. (2004). Branquidade: seu lugar na historiografia da raça e da classe nos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Garamond.

Ramos, A. G. (1995[1957]a). Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

Ramos, A. G. (1995[1957]a). Patologia social do "branco" brasileiro. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.

Ramos, A. G. (1995[1957]a). O problema do negro na sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.

Roediger, D. (2000). Towards the Abolition of Whiteness. London, New York: Verso.

Rossato, C. & Gesser, V. (2001). A experiência da branquitude diante de conflitos raciais: estudos de realidades brasileiras e estadunidense. In: Cavalleiro, E. (org.). Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, pp. 11-36.

Pincus, F. L. & Howard, J. E. (eds.) (1999). Race and ethnic conflict: contending views on prejudice, discrimination, and ethnoviolence. San Francisco: Westview Press.

Piza, E. (2000). Branco no Brasil? Ninguém sabe, ninguém viu. In: Huntley, L. W. & Guimarães, A. S. A. (Orgs.) Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil, (pp. 97-125). São Paulo: Paz e Terra.

Piza, E. (2002). Porta de vidro: entrada para branquitude. In: Carone, I. & Bento, M. A. da S. (orgs.) Psicologia Social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil, (pp. 59-90). Petrópolis: Editora Vozes.

Santos, B. de S. (1995a). Toward a New Common Sense: Law, Science and Politics in the Paradigmatic Transition. Nova Iorque: Routledge.

Santos, B. de S. (1995b). "The law of the opressed: the construction and reproduction of legality in Pasargada", Law and Society, Review, 12 (5).

Santos, B. de S. (2002a). Pela Mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 8ª ed. Porto: Edições Afrontamento.

Santos, B. de S. (2006a). A gramática do tempo: para uma nova cultura política. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. Vol. 4. Porto: Edições Afrontamento.

Santos, B. de S. (2006b). Uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. En Renovar la teoría crítica y reinventar la emancipación social (encuentros en Buenos Aires). Buenos Aires: Clacso.

Santos, B. de S. (2006). A construção intercultural da igualdade e da diferença. São Paulo: Cortez.

Santos, B. de S. (2006). Entre Próspero e Caliban: colonialismo, pós-colonialismo e inter-identidade. São Paulo: Cortez Editora.

Silva, Jr. H. (2003). Ação Afirmativa para negros (as) nas universidades: a conclusão de um princípio constitucional de igualdade. In: Silva, P. B. G. & Silvério, V. R. (org.), (pp. 99-114).

Silva, P. B. G. & Silvério, V. R. (org.) (2003). Educação e ações afirmativas: entre a injustiça simbólica e a injustiça econômica. Brasília: Inec/MEC.

Sovik, L. (2004a). Aqui ninguém é branco: hegemonia branca no Brasil. In: Ware, Vron. Branquidade. Identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, Centro de Estudos Afro-Brasileiros, Universidade Candido Mendes.

Sovik, L. (2004b). We are family: Whiteness in the brazilian media, Journal of Latin American Cultural of Studies. 13 (13), pp. 315-325.

Sovik, L. (2005). Por que tenho razão: branquitude, estudos culturais, e a vontade da verdade acadêmica. Contemporânea Revista de Comunicação e Cultura Journal of Comunication and culture. 3 (2), pp. 159-180.

Sowell, Th. (1999). "New racism and" old dogmatism. In F. L. Pincus & H. J. Ehrlich (eds.) Race and Ethnic Conflict: Contending Views on Prejudice, Discrimination, and Ethnoviolence, (pp. 291-304). Boulder, Co.: Westview Press.

Steyn, M. (2004). Novos matizes da "branquitude": a identidade branca numa África do Sul multicultural e democrática. Rio de Janeiro: Garamond Universitária.

Touraine, A. (1998a). Iguais e Diferentes: poderemos viver juntos? Lisboa: Instituto.

Touraine, A. (1998a). Os movimentos sociais. In: A. Touraine (1998b). Iguales y diferentes: podemos vivir juntos?, (pp. 127-172). Lisboa: Instituto Piaget.

Wray, Matt. (2004). Pondo "a ralé branca" no centro: implicações para as pesquisas futuras. Río de Janeiro: Garamond Universitária.

Ware, V. (2004a). Introdução: O poder duradouro da branquidade um problema a solucionar. Río de Janeiro: Garamond Universitária.

Ware, V. (2004). (org.) Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond Universitária.